Nos dias 26 e 27 de outubro, acontece a 3ª Oktoberfest da Sociedade Ginástica. Comida típica, chope, dança, música alemã, brinquedos infláveis, jogos germânicos, atividades esportivas e muitas outras atrações são a promessa da festa.
O Clube estará enfeitado e pronto para receber o público de todas as idades. Isso mesmo. Essa é a proposta da comissão organizadora, realizar uma festa para toda a família. Por isso, o evento é dividido em dois momentos.
O Baile Oktober Ginástica, que acontece no sábado, conta com a parceria dos cinco Lions de Novo Hamburgo (3º Milênio, Industrial, Courocap, Centro e Pérola do Vale), que repassarão o valor arrecadado ao Banco de Alimentos da Região do Calçado e ao Caudeq. A animação ficará com a banda Saxônica de Nova Petrópolis e os convites individuais estarão à venda no valor de R$ 40,00 (incluso buffet de comidas típicas) com membros do Lions e na Secretaria do Clube.
Já no domingo é a vez da Quermesse Ginástica, que prevê grande público e uma programação repleta de atividades, a partir das 10h.
A 3ª edição da Oktober Ginástica, Clube já centenário, tem razões a mais do que só encontro e entretenimento. Tem o objetivo também de revitalizar a história da colonização alemã em nossa cidade.
Vejamos um pouco da história de Novo Hamburgo contada pela historiadora Liene Martins Schutz:
“Os primeiros imigrantes alemães chegaram em 25 de julho de 1824 ao Porto das Telhas (hoje São Leopoldo) e em Novo Hamburgo, novembro de 1824. Até esta data as terras eram habitadas por bugres, índios e açorianos. A partir de então foram ocupadas também pelos imigrantes alemães. Quando chegaram as famílias Schmidt, Müller, Kolrausch, Schüller, Zimermann, Becker e muitas outras é que a história de Hamburger Berg toma o rumo do sucesso.
A própria posição geográfica de Hamburger Berg, como Novo hamburgo era chamada, muito contribuiu para o seu desenvolvimento. Em pouco tempo a localidade transformou-se num posto comercial de importância com produtos do “Hiterland”, isto é, provenientes de regiões vizinhas e vendidos em São Leopoldo e Porto Alegre, usando o transporte fluvial.
Merece destaque naquele momento o comerciante João Pedro Schmitt.
Os imigrantes tinham uma característica marcante de trabalho, persistência e coragem. Eram religiosos e integrados a família e não se preocupavam com atividades políticas. Mas aos poucos aprenderam a língua portuguesa e se adaptando a cultura gaúcha, aderindo ao churrasco e chimarrão.
Criaram as sociedades esportivas (tiro, tênis, natação e ginástica), divertiam-se nos kerbs e gostavam de corais e festas religiosas.
Com a chegada dos imigrantes alemães formou-se uma classe de trabalhadores livres e a aculturação aconteceu gradualmente, apesar das dificuldades da língua e costumes no Rio Grande do Sul.
É preciso cuidar de nossa história e tradição, para vermos quanto é importante dar um sentido as nossas vidas.”